sexta-feira, 29 de novembro de 2013

amor, respeito e empatia - criação positiva e disciplina com apego

  há pouco tempo contei aqui no blog como se deu a descoberta da nossa criação com apego, e quem acompanha a nossa página também tem visto postagens e compartilhamentos que dizem respeito à uma forma de orientação das crianças sem violência, mais respeitosa e empática.
  viemos de uma geração que foi criada com violência (física, verbal e emocional) e é natural que, num primeiro momento, consideremos essa a melhor forma de conduzir a educação de uma criança. se posicionar contra palmadas e gritos é, além de quebrar um ciclo muito presente na nossa cultura, também admitir que não fomos tratados com o respeito e o amor que merecíamos. não é fácil tirar os pais do pedestal e enxergá-los como os humanos passíveis de erros que são, mexer no passado e enxergar as dores da nossa infância, dar ouvidos à criança que fomos um dia.
  Carlos e eu adotamos um mix de criação com apego e disciplina positiva na educação da Mallu. isso não significa que temos um livro de regrinhas a seguir, mas sim que procuramos nos colocar no lugar dela a cada situação que enfrentamos enquanto família. em vez de colocar um rótulo de "chorona", "birrenta", "difícil", decidimos buscar entender o que ela está sentindo e qual a melhor forma de superarmos aquele momento difícil juntos.
  um bebê (ou uma criança) não tem o mesmo desenvolvimento cognitivo e emocional que um adulto, e sei que isso parece óbvio quando dito assim, mas muitas vezes ignoramos na vida prática. quando sentimos raiva ou frustração porque nosso filho não obedece o que estamos mandando geralmente não levamos em consideração que talvez ele nem esteja entendendo o que queremos dizer com aquela rispidez e palavras de ordem. quando batemos achando que "está doendo mais em nós que neles" e que "se não apanhar em casa, vai apanhar na rua" ignoramos o fato de que o nosso descontrole emocional é o que nos leva a agressividade e, principalmente, que a violência é cíclica (o oprimido que mais tarde se transforma no opressor).
  atitudes simples podem contribuir com a evolução desse relacionamento pai/mãe-filho, como controlar a raiva antes de agir, tentar entender as emoções do bebê/da criança que faz "pirraça" e ajudar que ele/ela também entenda e expresse de outra forma, respeitar seus limites de assimilação e mostrar quais são as consequências de seus atos em vez de puni-los simplesmente.
  nós temos a responsabilidade de tornar o mundo mais amoroso, respeitoso e empático. vamos construir uma história consciente e feliz ao lado dos nossos filhos?

 
 

* imagens retiradas da página Bater em criança é covardia.
* mais informações sobre disciplina positiva na página Crescer sem violência.

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