quarta-feira, 25 de setembro de 2013

Malluquices Paternas: As músicas da Mallu


Desde a barriga a Mallu gosta de musica. Dizem que bom gosto vem de berço... É mentira: no caso da Mallu vem é de barriga.
Lembro-me de uma noite em que eu estava tocando violão com a Ana barriguda - toquei  “Detalhes”,  Roberto Carlos – e a nossa menina chutou enquanto eu cantava “se um outro cabeludo aparecer na sua rua...” . Naquela época sempre que tinha um tempo tava eu sentado do lado da Ana com o violão na mão.
 Nasceu a Mallu e quando ela acordava de madrugada ou antes de dormir a gente vinha para a sala aqui de casa, entrava no youtube e digitava - Debaixo d'agua - Maria Bethania, e ouvia repetidamente até ela acalmar e dormir. Ouvia também muita coisa que gosto mas ela sempre teve as próprias preferências, por exemplo: eu gosto muito das musicas do Marcelo Camelo e a Ana também gosta, agora coloca alguma coisa dele ou Los Hermanos perto da Mallu e você terá um problema . Na verdade isso era quando ela tinha seus 2 ou 3 meses, hoje eu não sei como seria, até  porque agora só escuto no fone.
 Quando eu descobri que dava pra tocar violão e ficar com a Mallu no colo ao mesmo tempo foi tipo unir o útil ao agradável, juntar a fome com a vontade de comer. Isso foi quando ela tinha 3 meses. A preferida dela nessa época era “Boa Pessoa”, d’ A Banda Mais Bonita Da Cidade. A mamãe até gravou um vídeo da gente tocando junto, vocês já viram?
 Ahh e tem também as musicas que a mamãe canta pra ela e com ela. Tem uma que eu adoro a letra é assim:

“Bem- vindo, meu novo ser
Cercado de proteção
De tanto amor tanta paz
Dentro do meu coração
É como se eu tivesse 
Esperado toda vida pra te embalar...”

 Ela se chama "Renascimento", da Isadora Canto,  e é linda. A mamãe também canta pipiripiradinha e a Mallu fica toda serelepe, escuta junto com ela  “O Rato”, Palavra Cantada e quantas vezes eu já me peguei cantando com a voz bem aguda “Lua brilhante, lua crescente declaro ser seu mais lindo amante”.  Desde o primeiro mês ela ouvia o disco todo do Pato Fu - Musica de Brinquedo, e Radio Radinho que só toca musica boa que agrada as crianças e os pais.
 A preferida na hora do soninho é “A Carta”, Erasmo Carlos, o problema é que às vezes eu tenho que cantar umas 8 vezes seguidas e se eu tento cantar outra ela não dorme. Até o hino do Galo eu tenho tentado e só quando o sono tá tomando conta mesmo que ela não reclama.
 Tocar violão hoje em dia é mais divertido, ela participa e abafa todas as cordas e depois solta, canta junto ou só fica olhando, e quando cansa pede colo pra mamãe.  Mallu adora música mas algumas vezes gosta mais do silêncio.
 Nem nove meses de vida fora da barriga e já tem um baita gosto musical! Assim... na minha opinião... rs.

menos de 10 dias de vida fora da barriga e curtindo o violão do papai ♥

terça-feira, 24 de setembro de 2013

os últimos meses foram assim:


com 5 meses:



- Mallu passou a enxergar como a gente enxerga, como se de repente o mundo ficasse em resolução HD. daí ficou apaixonada pela porta e pela janela onde entrava a luz bonita do sol. se encantou pela Chérie e a seguia com os olhos se agitando toda animadinha. reconhecia e soltava risinhos quando via a mamãe ou o papai. quando eu passava ao lado dela era uma sessão de bracinhos balançando e gritinhos alegres. foi aí que percebi que suas cores favoritas são laranja e amarelo.

- passou a ter mais interesse nos brinquedinhos e mordedores. passava de uma mão pra outra, segurava com as duas e - claro - levava à boca.

- a necessidade de sucção era tão grande que, quando não tava agarrada no peito, chupava meus braços até deixar marquinhas.

- tinha uma mania de fazer bicos que eu achei a coisa mais linda.

- começou a sentar com apoio.

- conseguiu pegar o pézinho e colocar na boca.

- a simpatia estava chegando ao fim: já não gostava de colos de estranhos, chorava e pedia pra voltar pra mamãe.

- demonstrou ter ciúme pela primeira vez: coloquei a Duda (minha afilhada) no colo e Mallu, que estava toda serelepe brincando com o papai, começou a chorar e se jogar pro meu lado.

teve também:

- visita pra tia Carla e pro Gui, reforçando a amizade que se formou junto com os dois dentro da barriga


- manifestação pelo passe livre em BH e ato brincante em apoio às manifestações no brasil todo. ah, e antes disso teve Marcha das Vadias, aos 4 meses. bebê politizada é outra coisa ;)

ato brincante na praça da liberdade

 vem pra rua!

marcha das vadias


- passeio de metrô e visita à tia Bella



com 6 meses:



- introduzimos os sólidos. essa é uma história que precisa ser contada à parte, mas já adianto que a aceitação não foi muito boa. o negócio dessa menina é tetê da mamãe.

- começamos a treinar pra minha volta ao trabalho. titia e papai davam leite no copo de treinamento (com bico rígido e sem válvula), mas ela também não aceitava muito bem. babava tudo.

- passou a ficar sentada sem apoio, mas rapidinho tombava pros lados.

- virava de bruços toda hora e ficava nessa posição brincando. arrastava pela cama mas ainda não tinha ido pro chão.

- passou a estranhar muuuito as pessoas com quem não convive.

- acho que foi nesse mês que passamos pela angústia da separação. ela acordava de madrugada chorando forte, e só se acalmava quando sentia meu abraço. gritava com desespero só de me ver ir pra outro cômodo, queria só o meu colo.

teve também:

- aniversário de 50 anos da vovó ♥



- passeio na casa da tia Márcia que encantou a pequena com um chocalho



- foi campeã das américas junto com o papai. #Galo

#Galo

- atividades montessorianas



com 7 meses:



- 7 meses e 9 dias, exatamente, o primeiro dentinho rasgou a gengiva. coisa linda! presente pra mamãe um dia antes da volta ao trabalho.

- sobre a volta do trabalho já contei aqui. depois desse primeiro dia, onde enfrentamos uma situação familiar horrível, ela teve febre de noite. nada tira da minha cabeça que essa foi uma febre emocional.

- passou a ficar um bom tempo sentada sem apoio e sentou sozinha pela primeira vez.

- aceitou melhor as frutinhas, mas quando oferecidas em BLW (não sabe o que é isso? daqui a pouco eu explico em um post sobre a introdução alimentar)

- começou a tentar engatinhar em cima da cama. muitos tombos e muita evolução!

teve também:

- passeio no parque das Mangabeiras com a tia Carla e o Gui-gui-lindo:

olha as caras... tal mãe, tal filha

- visita da tia Graci(nha):



- passeio no parque das Águas com o papai e a mamãe:



- primeiro dia dos pais com o melhor pai do mundo:

meus amores lindos!

com 8 meses:



- o segundo dentinho rasgou a gengiva! com isso vieram uma irritação grande com a boquinha e mordidas no peito da mamãe.

- se alimenta melhor quando tá com o papai, mas com a mamãe só quer saber de peito.

- toma mais ou menos 120ml por 'mamada' no copinho na minha ausência, o que tem feito ser difícil manter o estoque de leite. mas vamo que vamo.

- tá com mania de puxar os cabelos ou dar soquinhos na cabeça enquanto mama. alguém me diz de onde essa menina tirou isso?

- muita gritaria! gritinhos de alegria, de nervosismo, de pura vontade de gritar... linda linda linda!

- o "engatinhamento" evoluiu muito: foi pro chão, começou a engatinhar de ré, aprendeu a fazer força pra ir pra frente mas não saía do lugar. agora já dá uma volta na sala com certa rapidez, daqui a pouco ninguém segura minha menina!

- faz muuuuuita força pra ficar em pé. acho que ainda não ficou porque não passa tempo nenhum no berço, não tem onde se apoiar (o que vai mudar em breve com a adaptação do quartinho dela pro método montessoriano - outro assunto pra post!).

- chama a Chérie o dia inteiro! pois é, não foi "papai" nem "mamãe" a primeira palavra: foi RÍÍÍÍ! mas solta "babai" quando quer e "mamãe" quando o desespero tá forte, hahaha.

- o vocabulário de "nenenês" dela é incrível! conversa o dia todo! já teve uma fase de repetir "babababá", "guigui", "guigu", "guigé", "géguin"... agora mistura tudo, junta outras sílabas e juuura que tá inteligível.

- é muito observadora. repara detalhes, quer ver de mais perto, se joga na direção do que chama a atenção dela.

- descobriu o dedo indicador e ele parece uma setinha, fica esticado o tempo todo futucando pra lá e pra cá. ah, e começou a fazer o movimento de pinça!


ufa! terminei! e devo ter esquecido um monte de coisas. cês me desculpem, mas depois da gravidez a pouca memória que eu tinha foi-se embora.
só sei ter orgulho por cada detalhe do desenvolvimento da minha pequena, e o amor que cresce diariamente quando eu achava que era impossível ser maior do que é.




sexta-feira, 20 de setembro de 2013

a sua

  você despertou assustada. abriu os olhos bem esbugalhados, me viu ali na sua frente e sorriu. esticou os bracinhos e dormiu tocando meu rosto.
   em outra madrugada me levantei pra ir ao banheiro e você ficou resmungando na cama. quando voltei, você veio se aconchegando devagarinho no meu peito enquanto falava "dadadamamãe". fiquei tão emocionada, comecei a rir e não conseguia mais dormir. foi tão maravilhoso quanto te sentir chutar na minha barriga pela primeira vez.
  quando você começou a enxergar o mundo com mais clareza percebi que eu era sua visão favorita. você se agitava toda, dava gritinhos alegres e risadinhas só de me ver passar ao seu lado. passou a esticar os bracinhos pedindo meu colo, a acarinhar meu rosto enquanto mama, a me olhar tão profundamente que é como se todas as nossas vidas se passassem ali naqueles minutos.
  ao mesmo tempo em que sinto nosso vínculo tão forte, percebo que você tem conquistado a sua autonomia e segurança a cada dia. fica bem sem mim - se alimenta, brinca, compartilha seu carinho com outras pessoas, se diverte - mas fica ainda melhor quando estamos juntas. confesso ter passado por uns dias de ciúme. na verdade ainda saio com os olhos cheios de lágrimas quando vou trabalhar e você nem quer meu abraço de despedida. mas aos poucos tenho entendido que esse distanciamento é natural e necessário, e que não muda em nada a forma como estamos profundamente conectadas. essa segurança é um reflexo da criação cheia de amor e respeito que você recebe, e me falta peito pra caber tanto orgulho da gente! assim que retorno ganho seus sorrisos, seus carinhos, seu olhar que me envolve no nosso mundo particular.
  amo te ter no meu colo, no meu peito, nos meus olhos. amo me saber tão sua, amo ter me feito forte por nós duas. amo te ver crescer tão amorosa e segura, e amo ver a nossa relação se formando com bases sólidas de respeito, amor, dedicação, reciprocidade.
  sei que um dia você vai me achar uma bruxa, e que eu vou precisar contar até mil pra não gritar com você. sei que teremos nossas diferenças e que vai ser duro trabalhar em cima delas. sei também que tudo isso vai valer a pena, assim como tem valido até aqui. só faço te amar e é por isso que enfrento o mundo com tanta coragem.
  éramos uma só - eu aqui fora, você ainda lá dentro - e mudamos o universo que nos cercava. quando te pari nascemos as duas, mas foi você quem me deu à luz. por você sinto profunda gratidão e algo tão grande que dizer que é amor não traduz.
  hoje vejo que precisamos ambas das mesmas coisas, como naquela madrugada em que nos encaramos no escuro: saber a outra ali, tocá-la, sorri e seguir. eu te amo, te vejo, te sinto. eu sempre estarei aqui por você e pra você. pode dormir tranquila, minha filha.

quarta-feira, 18 de setembro de 2013

Malluquices Paternas: Rotina

  Hoje vou falar do dia a dia, meu e da Mallu, com participação mais do que especial da mamãe.
  Em alguns posts atrás a Ana disse como tava sendo a volta ao trabalho e falou da saudade que ela fica, entre outras coisas... Hoje vou contar como tá sendo a volta da mamãe ao trabalho pra nós dois que ficamos em casa.
  Quando a Ana ainda estava de licença nós 3 acordávamos por volta de 7 e 30, 8h.  Eu vinha pra sala brincar com a Mallu e deixava  a mamãe dormir mais um pouco, porque normalmente a Mallu acorda a noite pra mamar e a Ana fica com mais sono de manha (tipo a musica do Chico só que em vez de “samba e amor” é “mamá e amor até mais tarde”, e com muito sono de manhã). A gente passava no máximo 1 hora e meia na sala e dava fome na Mallu, a gente já subia em cima da cama dando um efusivo BOM DIA!!!
  Só que agora mudou tudo, o celular da Ana desperta 5 e 30 eu chegava do trabalho as 22h mais ou menos, nunca ia dormir cedo. Quando sou eu que escuto o celular despertar desligo ele dormindo ainda, tem dias a Mallu já está sentada na cama e a maioria das vezes ela acorda com a mãe levantando.  Ligo a TV no globo rural e fico deitado na cama brincando com ela enquanto a Ana se arruma. Segundo a Ana eu fico mal humorado nessa parte do dia. É mentira, só que é difícil pra caramba acordar cedo.
  Eu e a Mallu acompanhamos quase todos os passos da Ana antes dela sair, e a  Mallu ajuda a tirar o leite as vezes. Ela dá aquela mamada caprichada e a Ana vai pro trabalho. As vezes a gente leva ela até lá, mas as vezes tá frio, as vezes a gente ainda tá com sono e as vezes é só preguiça mesmo.
  Nos primeiros dias senti que a Mallu procurava a Ana pela casa enquanto eu andava com ela no colo, hoje eu acho que ela já entendeu que a mãe saiu e que volta logo. No começo ela tomava pouquinho leite que a mãe deixava, hoje ela toma tudo e se tivesse mais tomaria também. No começo a gente brincava com os livros, com um tecladinho que ela tem, com os bichinhos dela, jogávamos vídeo game (mas a Mallu não curte mais de 10 minutos).  Hoje a gente faz as mesmas coisas e muito mais  -  toca violão,  manda fotos no facebook pra mamãe da nossa bagunça pra ela não morrer de saudade. A gente come fruta junto, hoje mesmo fizemos uma bagunça danada com uma manga, eu achei que a Ana ia reclamar do body todo sujo mas ela nem ligou.  Mallu fica no carrinho enquanto eu arrumo as coisas.
  Trocar fralda é uma coisa tão comum que não deveria entrar no post, mas teve um dia que me surpreendeu o quanto podia ser complicado trocar uma fralda! O lenço umedecido era o ultimo na embalagem (no dia anterior a Ana me disse: “ traz pão, chocolate e lenço umedecido porque tá acabando” e eu só levei o pão e o chocolate).  A Mallu acordou, troquei a fralda dela como todo dia e vi que só tinha sobrado um lenço.  A Ana foi pro trabalho, até ai tudo bem. Aí a Mallu fez cocô só que não era como sempre, era muito!  Vazou por todas as bordas da fralda, isso já tinha acontecido antes, mas sem a Ana pra ajudar nunca. Coloquei a Mallu deitada na cama em cima do trocador, fui no banheiro, peguei o rolo de papel higiênico  e quando eu tirei a fralda ela enfiou um pé la dentro! Aí  eu peguei papel pra limpar o pé dela e foi o outro pé... Parecia cena do Chaves: quando limpei os dois pés ela tentou ir com a mão, mas peguei no reflexo.  Tirei a fralda de lá, limpei ela toda com papel e depois com o ultimo lenço e sobrevivemos!
  Amanhã completa um mês de volta ao trabalho da Ana, e a cada manhã aprendo uma coisa nova com a Mallu vendo ela aprender as coisas. Ela dorme no horário que é quase o mesmo sempre, tem fome também nos mesmos horários e fica toda eufórica quando a Tia Michelle chega pra ficar com ela até a mamãe chegar.  Eu  saio pra trabalhar e elas ficam brincando juntas até a Ana chegar, quando chego a noite a Mallu está dormindo, as vezes ela acorda e vê jogo do Galo comigo, as vezes tenho que comemorar em silêncio. Voltamos nós três pra cama pra começar tudo de novo, e de novo tudo é parecido mas completamente diferente.

Fotos que a gente manda pra mamãe não morrer de saudade:


Carlos, o Pai.

sexta-feira, 13 de setembro de 2013

a nossa criação com apego - attachment parenting? o que é isso?

  antes mesmo de engravidar sempre acreditei e "militei" (dentro do meu círculo social) sobre o parto normal e ativo, a amamentação exclusiva até os 6 meses e continuada, o respeito às demandas da criança. isso pra mim não tinha nome, não tinha regra, não tinha livro que ensinasse... era só o óbvio.
  durante a gravidez me concentrei em ter o máximo possível de informações sobre o parto. a probabilidade de cair numa cesárea desnecessária era muito grande e eu precisava me munir de informações pra conseguir parir.
  daí eu pari, as informações foram válidas e eu estava muito feliz. feliz e cansada. fomos deitar e na enfermaria do Hospital Sofia Feldman não tinha bercinho: o bebê dormia junto com a mãe. isso também me parecia óbvio naquele momento - eu só queria ficar grudada na minha cria, assim como estávamos há algumas horas atrás.
  quando chegamos em casa me deu um desesperozinho inesquecível: corri pro banheiro e chorei, chorei, chorei. "o que eu vou fazer agora?", era o que eu me perguntava mentalmente a cada minuto. me preparei pro parto, mas não tinha conhecimento teórico nenhum sobre cuidar de um recém-nascido, criar um bebê. não sabia qual era o próximo passo, tinha muito medo de errar e, de alguma forma, magoar a minha filha.
  e assim, sem nenhum manual, decidi seguir a minha intuição. o mesmo amor que me guiou em direção à um nascimento respeitoso foi que me mostrou qual seria a minha forma de maternar.
  continuamos com a cama compartilhada desde o primeiro dia de vida da Mallu. amamentação exclusiva até os 6 meses, em livre demanda até hoje (e vamos longe!). nunca deixei chorando, dei todo o colo que ela solicitou (que não foi e não é pouco, isso eu garanto, rs). quase nunca saímos de carrinho, o negócio por aqui é sling, sempre grudadinha na mamãe (ou no papai <3). somos contra abuso emocional ou físico, nada de gritos, apelidos pejorativos ou palmada "educativa".
  depois lendo por aí descobri que isso tem nome: attachment parenting, ou criação com apego como é chamada aqui no Brasil. é um movimento crescente (viva!), mas percebo que tem sido "vendido" como mais um manual de "como você deve criar seu filho". e definitivamente não se trata disso. se eu precisasse resumir a criação com apego em uma palavra seria "intuição". desde sempre fomos criados dormindo junto com os pais (senão os predadores vinham e CRÉU!), mamando até quando fosse saudável para mãe e filhote, sendo carregados nas costas (nos colos, em bolsas, em panos), obtendo resposta quando solicitávamos (e qual a única forma que o bebê tem que fazer isso? chorando). a criação com apego vem lá dos nossos primeiros ancestrais e foi primordial pra nossa sobrevivência enquanto espécie. e você aí achando que era modernidade dazíndia hippie, né? ;)
  existem oito direcionamentos para a criação com apego*, mas não se trata de regras. esse estilo de ma(pa)ternar não envolve manual ou técnicas para "encantar seu bebê". se trata de respeito, de empatia. basta se colocar no lugar do outro: você gostaria de ficar chorando e sendo ignorada por alguém que ama e confia? gostaria de ser obrigado a comer uma quantidade maior do que a que te sacia? gostaria de ficar sozinho, longe de onde se sente seguro? de não ter contato de pele e colo quando sente necessidade? o seu bebê também não, e, pra piorar, ele não sabe falar ou externalizar o que sente, senão pelo choro.
  é questão de repensar a nossa disponibilidade pros nossos filhos, o quanto realmente nos dedicamos a acompanhar o desenvolvimento e as demandas que eles têm. é não terceirizar as decisões importantes da vida deles (nem por médicos, avós, professoras, etc), fazer com que seja de qualidade o tempo que passarem juntos.
  já ouço que minha filha precisa de limites (oi?), que sou muito permissiva, que ela é mimada, mal-acostumada e manda em mim. aí entra a cara de alface (um clássico da maternidade!) e a certeza de que estou fazendo o melhor que posso pra pessoa que mais amo nesse mundo.
  a minha maternagem e a parternagem do meu companheiro se amparam em respeito, empatia, amor e doação. e a sua?
 

 
* - preparação para a gestação, parto e criação;
    - alimentar com amor e respeito;
    - responder com sensibilidade;
    - usar o contato afetivo;
    - garantir um sono seguro, física e emocionalmente;
    - prover cuidado com amor de maneira consistente;
    - praticar disciplina positiva; e
    - manter o equilíbrio entre a vida pessoal e familiar.

In: The Attachment Parenting Book : A Commonsense Guide to Understanding and Nurturing Your Baby.


apegados e apaixonados

 

quarta-feira, 11 de setembro de 2013

malluquices paternas: o nascimento da Mallu pelos olhos do pai


vocês já conhecem o nascimento da Mallu pelos meus olhos, mas agora vão conhecer pelos lindos olhos do Carlos, o pai dela.

  Vou começar pelo dia em a bolsa rompeu...
  Sabe aqueles dias em que nada da certo? Em que tudo que pode acontecer de errado acontece... 
  Era um dia daqueles, uma segunda feira, no auge de uma gripe, num calor infernal. O dia se arrastava os problemas no trabalho estavam me deixando louco a ponto de pedir pra sair, mas essa opção não existia. A tarde ia caindo e as coisas não melhoravam no trabalho, só pioravam. Eu trabalhava na Operação logística da Kibon (sorvete) e era responsável por 30 caminhões e teoricamente tinha que cuidar para que as entregas fossem realizadas. Só que num dia de verão em BH chove muito, e faz muito calor. Era caminhão com mercadoria descongelada, era caminhão preso em alagamento, era caminhão com aparelho de refrigeração que não funcionava, no fim do dia eu estava morto e fora a gripe que me deixava ainda pior. Eu fiz um monte de coisa que não faria num dia comum, não passei as informações completas para o cliente, enfim, eu só queria sair daquele lugar, abraçar minha esposa barriguda e dormir.
  Sai do trabalho, tarde... Mais de 9h da noite. Devo ter chegado em casa por volta de 23h e fui chegando e logo conversando com a Ana, contando o fiasco que tinha sido meu dia no trabalho. Quando de repente a Ana levanta e começa a escorrer um liquido das pernas dela caindo em cima do tapete da sala. Ela foi pro banheiro, e eu já eufórico queria ir para o hospital, mas a Ana que se preparou muito bem para aquele momento mantinha a calma, não queria ligar para ninguém para não deixar ninguém desesperado e passar isso para ela. Me disse que só quando começasse a sentir contrações queria ir para o hospital com medo que eles falassem que ela precisava de uma cesárea. Mas eu ficava ai do lado dela: "Tá tudo bem amor? Tá sentindo alguma coisa?". E ela bem animada, mas calma. Tão calma que me mandou ir dormir porque eu tava muito cansado (e tava mesmo) então eu fui.
  Acordava às vezes no meio da noite e a Ana não tava do meu lado, ela tava no computador, tão eufórica que não dormiu. Antes das 6 eu já tava acordado e o povo já tava avisado que a Maria Luiza ia nascer. Fiz café pra quando a Dona Célia, Thiago e Michelle chegassem pra levar a gente pro hospital, antes disso já tinha caminhado um pouco com a Ana na praça perto de casa. Ela disse que isso estimularia as contrações. A Célia não tomou o café porque tinha açúcar, acho que só eu tomei aquele café.
  A Ana voltou pra praça com a Michelle para caminhar mais um pouco e eu não me agüentava de ansiedade. Entramos no carro e fomos para o hospital - longe pra caramba, diga-se de passagem. Escolhemos esse hospital mesmo sendo longe pelas referências: minha própria sobrinha tinha nascido prematura lá e foi super bem tratada e hoje é uma menina linda. Hospital Sofia Feldman é o nome. 
  No caminho o telefone corporativo toca - resquícios do que tinha acontecido no dia anterior, mas logo disse que não podia conversar e ligava depois. Fomos para o bairro, mas ninguém no carro sabia exatamente onde era o hospital. Andamos por ruas feias e estranhas, até que depois de descer um morro o hospital surgiu. 
  Pronto. Entramos, fiz a ficha da Ana, ficamos todos na recepção aguardando que ela fosse chamada. O movimento era muito alto, era gente saindo e entrando o tempo todo. Devia ter umas 10 pessoas na nossa frente também aguardando atendimento. Tinha uma mulher que falava sem parar e a Ana estava impaciente com a falação dela, mas depois descobrimos que era um tipo de depressão pós-parto. 
  Fomos para a triagem, a medica ou enfermeira (eu não me recordo bem) entrava e saía da sala, até que ela por fim nos atendeu. Quer dizer, atendeu a Ana e eu fiquei lá, só olhando e ouvindo. Ouvimos o coração da Mallu e estava tudo bem. A médica ainda disse que fomos imprudentes ao esperar tanto tempo depois que a bolsa estourou, embora a Ana não concordasse com isso. 
  Acho que depois disso fomos para a Sala do Pré-parto, lembro que a Ana queria que a Mãe ou irmã dela a acompanhasse, eu fiquei pensando "como assim?". E acabou que fui eu mesmo que fiquei. Fiquei primeiro muito tempo do lado de fora na sala, numa cadeira dura e sem jeito. Como a gripe não saía do meu pé eu queria dar uma deitadinha na cadeira, mas não deu. Tinha um cara do meu lado e eu evitava conversa, mesmo o cara estando de camisa do Galo eu não puxei assunto. Chegou outro e também ficou lá. Os dois conversavam, eu ouvia a conversa, mas não entrava no meio. Lembro que um deles ia ser pai de gêmeos. 
  A enfermeira chamou a gente para entrar, cada um ficou no leito de suas respectivas esposas. Eu conversava com a Ana, ela ainda super tranqüila. A cadeira lá era mais confortável, mas toda hora elas pediam aos homens que saíssem da sala pra examinar as grávidas, depois voltávamos. Nesse meio tempo fui à padaria, comprei coxinha pra todo mundo e uma das enfermeiras não deixou a Ana comer o monte de bobagem que eu tinha levado pra ela. 



  A tarde caia a chuva caia, o calor se mantinha e a gripe também. A Ana já estava vestida com aqueles trajes de hospital que tampa na frente e deixa a bunda de fora, mas a gente amarrou aquilo direitinho e saímos andando pelo hospital para ver se as contrações vinham. Eu estava carregando um suporte de soro que não tinha rodinha e era pesado pra caramba. E a gente ia pelos corredores, na recepção, no pátio com aquele troço pesado, a Ana com a barriga daquele tamanho todo...
  


  Voltamos para a sala do pré-parto, colocaram um remédio no soro da Ana, olharam como estava à dilatação e depois disso as coisas se aceleraram. A Ana começou a sentir dor, as contrações estavam chegando. Fomos para o banheiro e ficamos muito tempo lá, a água quente caia na barriga dela e respingava em mim, e eu reparei em como a enfermeira fazia massagem na Ana e fazia também sempre que a via sentindo dor. O coração tava sempre acelerado. 
  Ficamos um bom tempo no banheiro, voltamos para a cama, sempre tinha alguém pra me mandar sair do quarto para examinarem as outras mulheres...  A dilatação aumentava e fomos para a sala de parto. Nessa hora eu pensei: "É agora!". Mas nem era, quando fomos para a sala de parto que eu senti como a Ana estava sentindo dor, ela tava morrendo de sono, quando as contrações vinham ela corria da cama para o banheiro, do banheiro (toda molhada) para a cama de novo. Ficamos alguns  minutos só nós dois no quarto, quando eu chamava a enfermeira ela falava que só tinha que esperar.
  Chegou o momento que a Ana disse que não agüentaria mais sem a anestesia, eu procurei a enfermeira e ela tava junto de outros olhando alguma coisa no celular e pediam pra esperar. Corri lá fora e dava notícias pra Célia, falei que o bicho tava pegando! Voltei correndo pra sala, a gente continuava lá sozinhos até a enfermeira vir e pedir pra chamar o anestesista (que demorou muito pra chegar). 
  Ficamos mais de uma hora na sala de anestesia esperando, a Ana me mordia às vezes quando a contração vinha. Quando o anestesista aplicou a injeção já não adiantava muito, ele mesmo disse que já era hora da Mallu nascer. Voltamos para a sala de parto que era linda, grande.
  Examinaram a Ana novamente e já era hora mesmo da Mallu nascer. Ela ficou deitada no começo, fazia força mas a enfermeira falava que ela estava fazendo força de uma maneira errada. Então ela ficou de cócoras em cima da cama segurando um arco que a enfermeira colocou, eu assistia aquilo tudo numa vontade de opinar e de ajudar, mas ficava calado porque eu não entendia nada de parto.
 A Ana fazia força e eu comecei a ver o cabelo pretinho da Mallu. Se meu coração já estava acelerado nesse momento, na hora que eu vi aquilo a velocidade triplicou! Eu fiquei num estado de euforia que mesmo se eu tentasse o sorriso não saia da minha cara.
  A Ana continuava fazendo força e disse pra chamar a Michelle na recepção. Fui correndo, algum funcionário do hospital disse que não podia correr no corredor, imagina. Chamei a Michelle e voltei correndo, sentei na borda da banheira que tinha no quarto bem de frente pra Ana e  continuava assistindo com um baita sorriso no rosto. Nossa menina tava nascendo. 



  E nasceu. Eu a vi saindo de dentro da Ana. Não acreditava no que tava acontecendo, tava em outra dimensão. Ouvi aquele choro mais lindo do mundo, a Ana também chorava muito, a Michelle tremia que nem vara verde e eu tava meio que em êxtase.
  Aquele neném agarrada no colo da mãe, eu segurava a mão da Ana, segurava aquela mãozinha, olhava aquele corpinho tão linda e tão perfeita. Acompanhei a enfermeira vestir a primeira roupinha nela todo bobo.


 Foi completamente incrível, diferente de qualquer coisa que eu tinha visto ou qualquer coisa que eu vou ver. Lembro da Ana dizendo chorando com ela no colo e ela chorando junto: "Cê ta com a mamãe, meu amor. Você é linda. É presente que Deus mandou pra gente."


  Eu lá perplexo com aquele momento. Posso falar durante horas e não vou reproduzir o que senti naquele momento. Saí daquela sala de parto sendo Pai orgulhoso da minha filha linda que acabara de nascer e saí num orgulho danado da Ana. Não imaginava que ela fosse tão forte. Superou a dor e o sono, tudo pelo bem da nossa menina.
  Não me lembro mais das coisas que aconteceram na noite depois do parto, eu tava morto. Fomos pro quarto, com luz baixa. Ana e Mallu dormiram na cama e eu na cadeira do lado. Acho que a Ana fez um lanche antes de irmos pro quarto. Eu acordei a noite e lanchei também, mas dormimos aquela noite. 
  Foi minha primeira noite como pai. Quer dizer, eu me considerava pai quando a Mallu tava na barriga, mas agora era diferente. Estavam ali as duas, as razões da minha vida, e eu do lado. Realizado.
  Mas esse foi só o começo da melhor parte da minha vida.



tem como não se derreter? <3
toda quarta-feira vocês vão saber o que ele pensa e sente a respeito da paternagem ativa que pratica. quarta agora é dia de malluquices paternas!


quinta-feira, 5 de setembro de 2013

das mudanças que a maternidade me trouxe: a leoa assumiu a juba

  eu tinha 7 anos e a professora reuniu todos os alunos depois da educação física pra uma conversa livre. fez algumas perguntas e pediu que cada um as respondesse, e uma delas foi: "o que você mais gosta em você? o que tem de mais bonito?". toda orgulhosa, respondi: "meu cabelo! meu cabelo é lindo". ela riu. não sorriu, não, ela gargalhou. os alunos começaram a gargalhar junto, acredito eu que em sua maioria sem saber o por que, só seguindo a professora. depois de muito rir, ela disse: "mas esse cabelo aí? se fosse igual o da kelly eu entenderia, mas o seu?" e riu mais um pouco.
  a kelly tinha os cabelos lisos e loiros. os meus cabelos eram castanhos, cacheados e volumosos.
meus cachinhos e eu
 
 eu estudava em uma escola particular renomada na região. não comentei com ninguém o que havia acontecido, afinal sempre que questionava alguma coisa era obrigada a rezar na capela na companhia de alguma freira.
 comecei a reparar os cabelos das minhas colegas de sala. pra começar não tinha nenhuma negra, ninguém com o cabelo crespo. cabelo cacheado e cheio, era só o meu. as outras alunas tinham os cabelos bem parecidos - loiros, castanhos, bem pretinhos -, mas sempre lisos. um menino da turma era negro e provavelmente teria o cabelo crespo, mas usava a cabeça raspada.
  decidi que queria fazer franja, ser igual a todas aquelas meninas. quem sabe assim meu cabelo seria bonito? uma tia cortou minha franja e, óbvio, nem de longe fiquei parecida com as coleguinhas. a franja encolheu, se escondeu amontoada na cabeleira longa e cacheada. me senti horrorosa, tinha vergonha que as pessoas me vissem. então peguei alguns bonés da coleção do meu pai e era assim que saía, pra onde quer que eu fosse: o boné escondendo os cabelos que outrora achava tão lindos.
  passei a sonhar com o dia que teria 15 anos: seria alta, magra, cabelos lisos e loiros, olhos verdes e me chamaria Adriane (bjs, prima!). assim, num passe de mágica, eu seria completamente diferente do que eu era, seria uma cópia da barbie misturada com as minhas colegas da escola e com a minha prima adolescente que eu sempre achei tão linda. os 15 anos chegaram e eu odiava meu corpo, meu cabelo, minhas feições, minha voz, meu jeito.
  e falando na adolescência não posso deixar de dizer que as minhas amigas mais próximas tinham o cabelo escorridinho, "controlado". o meu definiu ainda mais os cachos, era "rebelde". a primeira vez que passei prancha (chapinha) no cabelo, lembro de fechar os olhos no salão e pedir: "meu deus, que fique pelo menos igual o da Laila, um liso ondulado já me deixaria feliz."
  comecei a modificar meu cabelo com frequência: pintar, escovar, pranchar, alisar, passar química, progressiva, o que viesse. já foi de vários tamanhos, cortes e cores, mas uma coisa permanecia igual: eles ficavam lisos. muita gente nem sabia que na verdade meu cabelo era cacheado (e eu preferia assim).

  então eu engravidei. e aí não podia mais alisar meu cabelo com química. comecei uma guerra com a escova e a chapinha - morria de cansaço e preguiça, mas me sentia feia e nada atraente com o cabelo ao "natural".
  o Carlos tem os cabelos bem cacheadinhos e costumava usá-los compridos. sempre achei lindo. mas durante a gestação ouvimos mil piadinhas do tipo "tomara que a bebê não puxe os cabelos do pai". ficava irritada e entristecida e não sabia lidar com isso. não queria que minha filha sofresse o que eu sofri por causa dos cabelos (ou por qualquer outro padrão estético absurdo). queria que ela se aceitasse e se amasse em cada particularidade, sem tentar corresponder à esse modelo eurocentrista de ser branca-magra-cabelos lisos e loiros. mas como a influenciaria e apoiaria na construção da sua autoestima se eu não conseguia sentir nada disso por mim mesma?

  acredito que o exemplo é o melhor professor. e fui tratar de cuidar das minhas feridas antigas pra conseguir ajudar a Mallu a não sofrer dos mesmos males. fui atrás de me aceitar, de me AMAR. me apaixonei (aos poucos, a passos curtos) por tudo aquilo que um dia eu odiei.
  o primeiro passo foi aceitar o corpo pós-parto, ainda vou escrever sobre isso aqui. depois foi aceitar o meu cabelo, aquele tão mal-falado e rejeitado desde a infância. num dia de muito choro e muita crise pessoal, minha irmã foi me cuidar na minha casa e decidi: é hoje. vou tirar uma das amarras que carrego há tanto tempo.
  o meu cabelo estava longo, vivia liso, recebia muitos elogios.
  e aí eu cortei. de uma vez aceitei os cachos que haviam crescido durante a gravidez e a amamentação onde não usei/uso química, e pra isso tive que aceitar o cabelo curto e tirar a "feminilidade" instantânea que o cabelo longo traz. tomei pra mim a "rebeldia" dos cabelos e saí do padrão que me guiou a vida inteira.





  o resultado? uma autoestima mais forte e elevada, orgulho de aceitar uma parte do que eu sou com tanto amor, respeito por tantas e tantos de nós que sofremos opressão pela cor da pele, o crespo/cacheado dos cabelos, os traços que nem de longe lembram os europeus.


  lá em casa celebramos todos os cachinhos da família. e quero ser a referência de beleza de cacheados que a Mallu vai ter pra construir sua autoimagem e autoestima, já que não vamos na televisão, nas revistas ou até no dia-a-dia mulheres que aceitam a cabeleira e reconhecem a beleza que ela tem.

o primeiro cachinho da Mallu :)

  repito sempre: viver é um ato político.