em abril desse ano deixei esse recado no meu mural do facebook:
"às vezes eu sonho que sou uma mãe leoa e entro com minha cria e o pai leão pra dentro da toca, rugindo alto e espantando todos os outros bichos palpiteiros de perto.
às vezes eu sou gentil e só faço cara de alface.
e, às vezes, quase nunca, eu solto indiretas no facebook.
fica a dica."
ok, admito, pode ter soado um pouquinho agressivo. e essa não foi a única
depois de ter ficado grávida e de ter parido a Mallu, pari também uma nova Ana. e com essa Ana não tem meias palavras, não tem essa necessidade absurda de aprovação, não tem decisão adiada. a maternidade me trouxe muitas mudanças e vou falar de cada uma delas aqui no blog, são muitíssimo importantes pra mim. uma dessas mudanças foi aprender a confiar em mim e a me assumir. meu corpo foi capaz de gerar uma vida com perfeição. trabalhei duro junto com a minha filha e pari, pari lindamente, descobri uma força que me era inimaginável. amamentei exclusivamente por seis meses e continuo com a amamentação firme e forte, que só vai deixar de acontecer quando a hora da Mallu chegar. lutei contra todas os conselhos "inofensivos", contra todas as ironias e piadinhas, contra tudo o que EU (e o pai dela também, claro) não considerávamos bom ou correto na criação da nossa filha. assumi meu papel de mãe sem delegá-lo em momento algum à outra pessoa. assumi meus posicionamentos, o bônus e o ônus de cada escolha.
sou uma pessoa bem informada porque corro atrás disso. se tantas mudanças aconteceram e continuam acontecendo na minha vida é porque tenho feito o movimento de promove-las. se recuso seu palpite, se respondo com grosseria às vezes, se faço cara de boba e sorrio... não é por mal. eu sei que muita gente gosta de mim e da minha filha e querem nosso bem, por isso sugerem o que acham ser o melhor. assim que ela nasceu eu ficava enfurecida a cada palpite ou intromissão na nossa vida. ainda estava insegura, no fundo me sentia despreparada. queria ter um tempo só meu e da Mallu, pra nos conhecermos, pra que esse vínculo que temos hoje fosse formado, sem ninguém tentando intermediar isso. e aconteceu: hoje sou muito segura da mãe que sou, muito orgulhosa e feliz com a filha que tenho. temos uma sintonia maravilhosa e isso me dá firmeza a cada passo que dou. os palpites já não me incomodam tanto - ouço e tiro o que for bom pra gente. é que existe um limite entre sugerir e impor, e muita gente ultrapassa um pouco.
acontece que não vou ficar me desgastando com isso e discutindo, sabe? é a MINHA filha, são as MINHAS decisões, é a NOSSA vida. se você não aprova nossas escolhas, tudo bem, é direito seu. mas não me importar com isso também é direito meu e, sinceramente, eu não me importo.
Mallu #chatiada com tanta amolação |
peço desculpas se cheguei a magoar alguém com minha grosseria ou com a minha indiferença com relação aos palpites que recebi sobre a criação da Mallu. acontece que eu sei o que quero pra nós, e isso não inclui terceirizar em NADA a criação dela.
espero que entendam e não deixem de ter um relacionamento bacana com ela por causa disso, que saibam separar as coisas.
como boa leoa que sou, tenho aprendido a proteger minha cria sem tanto alarde. não preciso provar nada pra ninguém. vocês não precisam me desafiar. bandeira branca: podem entrar na nossa toca e acarinhar o meu filhote. mas quem cuida, lambe e cria sou eu. e não desaprendi a rugir.
(eu sei que falhei na semana mundial do aleitamento materno, sorry. recebi relatos lindos, lindos, lindos. mas fiquei sem internet e só hoje tive acesso pra blogar novamente. agradeço à todas que me enviaram seus relatos, aos poucos vou postá-los aqui. sempre é dia de AMAmentaR)
Um comentário:
Então, tá certa mesmo. E é clichê, mas quem dá muito pitaco na vida e filha dos outros, merece comprar um gato.
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